Em Salvador para participar do cortejo do Dois de Julho neste sábado (2), o pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, relembrou o caso da prisão de Geddel Vieira Lima por lavagem de dinheiro, flagrado com R$ 51 milhões em dinheiro vivo escondidos em malas, para criticar a aliança do PT com o MDB na Bahia.
O partido indicou o vice na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT), o presidente da Câmara Municipal de Salvador, o vereador Geraldo Júnior (MDB), em um movimento que fez a sigla ressurgir após o rompimento do PP com a base do governo Rui Costa.
Ministro no governo Lula, Ciro reconhece que houve "coisas boas" na gestão do petista, mas que com o passar do tempo ele foi "se corrompendo" e ajudou a criar o terreno para a proliferação do bolsonarismo.
"Bolsonaro foi eleito como um ato de mágoa do nosso povo, contra a corrupção generalizada do PT que não dava para esconder. Vocês estão na terra do Geddel Vieira Lima, que foi fotografado com um apartamento com R$ 51 milhões em dinheiro vivo. E com quem Lula e o PT estão abraçados hoje na Bahia? E vão querer que eu cale a boca?", indagou.
A coletiva de imprensa teve início por volta das 11h, no Wish Hotel, no centro da capital baiana. Participaram também o deputado estadual e pré-candidato à Câmara Federal, Léo Prates, e a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos.
COMPREENSIVO
Ciro mostrou também compreensão com a estratégia do ex-prefeito ACM Neto (UB) de não apontar para um candidato à presidência. Segundo o ex-governador do Ceará, o seu apoio à candidatura de Neto não tem uma contrapartida, e que é 'unilateral'.
Nacionalmente, o partido forma aliança com o PL, de Bolsonaro, mas Neto evita ser associado ao presidente e repete que a eleição no estado não será nacionalizada.