O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) refutou nesta quarta-feira os estereótipos de que pertença à direita, os "coxinhas", ou à esquerda, "mortadelas".
Durante evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, o pré-candidato à Presidência disse que há muita "intriga" sobre a relação que ele mantém com o ex-presidente Lula, a quem chamou de "velho amigo". Para ele, essas intrigas são causadas pelo receio de que as candidaturas de esquerda se juntem nas eleições, diante da possibilidade de que o petista não possa concorrer.
Começou a luta. E a luta no Brasil e no mundo não é racional, nem honesta. Então a ideia é satanizar porque é recente a frustração de todos nós com o que aconteceu com o governo Dilma (Rousseff). Então agora é assim: qualquer um que não seja coxinha, tem que ser mortadela. E eu vou resistir, não sou coxinha, nem mortadela —, disse Ciro.
A declaração do ex-governador cearense foi uma reação a uma fala de seu coordenador de campanha, o professor Nelson Marconi, sobre ser desenvolvimentista "sem medo de ser feliz", segundo disse em entrevista recente ao jornal "Folha de S.Paulo". O desenvolvimentismo é uma corrente econômica que prevê uma participação ativa do Estado na promoção do desenvolvimento.
Ciro ficou com olhos marejados ao comentar sobre o ex-presidente Lula, e os elogios que fez a Ciro em livro que irá lançar na sexta-feira. O ex-ministro disse que tem muita intriga nessa área (da relação dele com Lula) e que está com o coração muito doído com o que está acontecendo.
O Globo //// A F ////