Política

Chefe do Cade afirma que órgão não pode interferir na política de preços da Petrobras

Diante do aumento sucessivo no valor do combustível praticado pela estatal, Barreto reitera que não existe "mágica" a ser feita que resolva a questão

Edmílson Rodrigues/Agência Senado
Edmílson Rodrigues/Agência Senado

Superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto afirmou que o órgão não tem competência para interferir na política de preços praticada pela Petrobras.

Diante do aumento sucessivo no valor do combustível praticado pela estatal, Barreto reitera que não existe "mágica" a ser feita que resolva a questão.

“O Cade não tem competência para disciplinar a política de preços da Petrobras e não pode determinar a ela ou a qualquer empresa que pratique preço A ou B”, disse o superintendente.

As principais atribuições do órgão são a análise e julgamento dos atos das empresas que podem resultar em risco para a concorrência, como no caso de fusões e aquisições, segundo informações do Poder360.

O órgão, entretanto, abriu em janeiro duas investigações contra a Petrobras para apurar os supostos abusos praticados no mercado, na cadeia de produção dos combustíveis. Mas, segundo Barreto, elas não devem ter um efeito prático a curto prazo.

Processos semelhantes costumam durar de dois a três anos para terem algum tipo de solução

“Do ponto de vista concorrencial, não nos faz diferença se a exploração da atividade se dá por um agente privado ou estatal. O que nos interessa é termos mais competidores”, explicou.