Entre os deputados presentes na votação relâmpago de ontem (2), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado soldado Prisco (PSDB) foi o único contra ao projeto que resulta na criação de três novos cargos na estrutura da casa. Após o posicionamento, o presidente da AL-BA, Marcelo Nilo, chamou Prisco de "oportunista". Na manhã desta quinta-feira (3), o deputado se posicionou mais uma vez e defendeu que o "esse não é o momento de dar um aumento".
"Graças a Deus, na minha vida, eu não preciso de oportunismo, as urnas dizem isso. A reunião com Nilo eu não participei, estou em três comissões na casa. Quando eu saí, fui no plenário e comuniquei com o líder da minha bancada e disse que não ia votar favorável. A carapuça não cai para mim, eu fui eleito maciçamento pelos servidores públicos, se houvesse outra votação, votaria contra de novo. Esse não era o melhor momento para isso", falou Prisco.
Prisco ainda reforçou que votaria contra mais uma vez se for preciso, por conta da realidade do estado. "Esse projeto foi colocado e a casa entendeu que não era o momento. No poder legislativo tem independência. A segurança pública está um caos. O governador precisa descer do salto e ser responsável", disse.
No entanto Marcelo Nilo chegou a dizer que Prisco não foi na reunião e que ele vai na imprensa "deturpar" o que aconteceu. "A bancada de oposição é aguerrida, foi aumentado dois cargos na assistência militar. Ele não participou da reunião, faz um bom mandato e foi oportunista. Ele foi no plenário e jogou para a plateia. Foi aprovado por unanimidade na mesa. Liberei os deputados para votarem contra, mas eles votaram a favor. Tenho respeito grande, é um direito dele, mas não é justo. Fiz uma reunião com a base do governo, com a mesa diretora. Ele deveria ter ido na reunião, quando vai no gabinete, é diferente do que ele diz", defendeu.