A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4940/20, do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que inscreve o nome de Antonieta de Barros no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
A proposta foi aprovada em caráter conclusivo e seguirá direto para o Senado, caso não haja recurso para análise no Plenário.
O relator, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), recomendou a aprovação. "Antonieta de Barros foi uma personagem de grande importância na história de luta contra os preconceitos de cor, classe e gênero no Brasil, tendo dedicado sua vida a combater o analfabetismo de adultos carentes, na crença de que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão", destacou.
Feriado
Alfabetizada tardiamente por jovens estudantes, Antonieta de Barros (1901-1952) formou-se professora e está entre as primeiras mulheres a ocupar cargos eletivos no Brasil. Foi eleita em 1934 deputada estadual por Santa Catarina, mesmo ano que a médica Carlota Pereira de Queirós se elegeu deputada federal por São Paulo.
Em 1948, um projeto de lei de Antonieta de Barros criou o Dia do Professor, com feriado escolar em 15 de outubro, em Santa Catarina. A data seria oficializada no País inteiro somente em outubro de 1963.
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.