A Justiça do Rio de Janeiro condenou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, a cinco anos de prisão por envolvimento na destruição do GM Cobalt utilizado no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Orelha, dono de um ferro-velho, ajudou a se desfazer do carro, atrapalhando as investigações. Essa é a primeira condenação relacionada ao caso.
De acordo com as investigação, Orelha foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, para destruir o veículo, e tinha ligação com Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos como executores do crime. Segundo o juiz Renan de Freitas Ongaratto, Orelha agiu com dolo, consciente da gravidade dos homicídios, e a destruição do carro dificultou a perícia e reforçou a sensação de impunidade.
A denúncia foi baseada na delação premiada de Élcio, que revelou que Orelha, mesmo receoso de Ronnie, participou da eliminação do carro em um desmanche na Zona Norte do Rio.