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Carlos Muniz vai para partido da base de Bruno Reis; negociação visa apoio à reeleição como presidente da Câmara

Muniz afirmou ainda que não foi chamado para nenhuma conversa com o governador após o retorno do chefe do Executivo estadual da China.

Assessoria do Vereador
Assessoria do Vereador

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PTB), já decidiu que vai migrar para um partido da base do prefeito Bruno Reis (União). O Portal Política Livre apurou junto a pessoas próximas ao edil e a fontes do Palácio Tomé de Souza que a negociação envolve o apoio do chefe do Executivo municipal, que tem maioria na Casa, à reeleição do atual chefe do Legislativo.

Nesta quarta-feira (26), em conversas com a imprensa, Muniz afirmou que anuncia o novo partido na sexta-feira (28). Ele não descartou o PL como possibilidade – o partido tem dialogado com o prefeito sobre o pleito municipal de 2024, mas publicamente ainda mantém uma postura em defesa de uma candidatura própria.

Outra sigla da base de Bruno Reis a convidar o vereador foi o PP, que, na capital, apoia o atual chefe do Executivo municipal. Já o Podemos, em processo de fusão com o PSC e outra possibilidade anunciada anteriormente por Carlos Muniz, está dividido entre a base do governo do Estado e o bloco de sustentação do prefeito.

Muniz também afirmou que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), tido até então como principal aliado político, será o primeiro a saber sobre o novo partido. “Por Geraldo eu iria para o MDB, mas infelizmente não penso nisso, temos visões diferentes sobre isso. Mas ele será o primeiro a saber”.

Sobre se cogita apoiar Geraldo Júnior caso o vice-governador seja candidato a prefeito, o presidente da Câmara admitiu a possibilidade se o emedebista reunir “a mesma força que Jerônimo reuniu” no pleito do ano passado. Muniz afirmou ainda que não foi chamado para nenhuma conversa com o governador após o retorno do chefe do Executivo estadual da China.

O mandato de Carlos Muniz na presidência da Câmara se encerra em dezembro de 2024. Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), ele tem direito a uma reeleição.

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