O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), anunciou, na terça-feira (18), quando serão iniciadas as obras de recuperação do telhado do Paço Municipal, parcialmente atingido por um incêndio no dia 24 de fevereiro.
A afirmação veio após a reunião entre o tucano e a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield. De acordo com ela, duas frentes de trabalho estão sendo desenvolvidas para recuperação do Paço. A primeira prevê a reforma emergencial do prédio histórico.
A segunda é a elaboração de um projeto mais amplo, definindo o que poderá continuar funcionando no prédio. “A gente tem uma obra emergencial, que é a proteção do telhado, que teve o maior dano. Vamos fazer o restauro provisório do telhado, sobretudo por segurança, já que estamos entrando num período de chuvas, enquanto é elaborado o projeto maior do Paço”, disse Tânia.
Ainda conforme a titular da FMLF, quatro vistorias já foram feitas no local. Tânia Scofield também disse que existe um relatório de danos resultado do incêndio. Nós já temos todo o diagnóstico, inclusive um relatório de danos, resultado do incêndio.
“Já contratamos emergencialmente um instituto de arquitetura, que tem uma larga experiência em restauro de áreas e prédios tombados e a gente tem uma previsão de 90 dias para concluir o projeto”, sinalizou.
Câmara pode ganhar Museu do Legislativo
Além da reforma do Paço Municipal, também foi discutido, na reunião, o projeto de implantação do Museu Legislativo no prédio principal da Câmara, na Praça Thomé de Souza.
“O Paço é um prédio histórico. E meu foco é a sua preservação A ideia é transformar o local no Museu Legislativo e, assim, os moradores de Salvador e turistas continuarão tendo conhecimento da importância das ações que, ao longo da história, já foram realizadas no Paço”, disse Carlos Muniz.
O presidente da Câmara também afirmou que o prédio histórico poderá seguir abrigando eventos especiais em seu plenário, como a posse dos vereadores e a leitura da Mensagem do Executivo à Casa, realizada pelo prefeito anualmente.
“O Paço não deixará de ser a Casa do Povo, mas a tendência é diminuir a sua utilização para, assim, preservar este espaço histórico-cultural”, disse Muniz.