O presidente Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, foi condenado a três anos e nove meses de prisão, inicialmente em regime aberto, após uma denúncia na Justiça feita pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) contra Carballal quando ele ainda era vereador de Salvador.
De acordo com o MPBA, Carballal costumava exigir que alguns dos seus assessores parlamentares que efetivamente trabalhavam entregassem a ele parte dos seus salários, para utilizá-los em seu próprio benefício. A atitude configura popularmente a prática de “rachadinha”.
Ainda conforme a denúncia do órgão, a situação teria ocorrido entre os anos de 2009 e 2010, quando Carballal teria se apossado dos vencimentos – total ou parcialmente – dos 19 assessores. A queixa ao Ministério Público da Bahia foi feita por um homem que atuou como assessor do ex-componente da Câmara Municipal de Salvador com quatro mandatos.
Segundo ele, Carballal teria nomeado alguns assessores que não trabalhavam, com o único objetivo de se apropriar dos seus vencimentos. O rapaz esclareceu, ainda, que o dito vereador teria exigido, ainda, que outros assessores, que efetivamente trabalhavam, repassassem-lhe integralmente seus salários de janeiro de 2009 e o abono do final do mesmo ano.
O então edil teria nomeado pelo menos três assessores que nunca desempenharam a função de assessor, com o único objetivo de desviar os salários dele em proveito próprio.
Na decisão, a Juíza de Direito Virgínia Silveira Wanderley dos Santos Vieira, da 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, pontuou que o crime de “rachadinha” cometido por Carballal foi “pelo desejo de adquirir lucro de forma indevida. As circunstâncias do crime encontram-se narradas nos autos, nada havendo para valorar. As consequências do crime são graves, uma vez que alto foi os prejuízos gerados ao município”.
A reportagem do PS Notícias tentou contato com Henrique Carballal, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto para os devidos esclarecimentos.