Eleições

Candidatos chegam endividados ao fim da campanha

Os candidatos vivem uma experiência inédita, lutando para bancar as despesas apenas com doações de pessoas físicas e com recursos do fundo partidário

NULL
NULL

Com o fim das doações de empresas privadas para campanhas eleitorais, os candidatos vivem uma experiência inédita nas eleições de 2016, lutando para bancar as despesas apenas com doações de pessoas físicas e com recursos do fundo partidário. Em Salvador, há dois postulantes ao Thomé de Souza com gastos superiores à verba arrecadada, Alice Portugal (PCdoB) e Claudio Silva (PP).

Maior adversária de ACM Neto, a comunista se desdobra para pagar uma dívida milionária, contraída até agora. O sistema de divulgação do Tribunal Superior Eleitoral mostra que a deputada federal recebeu R$ 641 mil em recursos, mas contratou R$ 1,7 milhão em despesas, sendo que R$ 985,9 mil correspondem à produção de programas de rádio, televisão ou vídeo. Na sequência, estão publicidade por adesivos e locação/cessão de bens móveis, exceto veículos. Até o momento, a candidata quitou R$ 604,5 mil do total da dívida.

O TSE mostra ainda que os principais doadores da campanha são pessoas físicas, além de partidos como o PCdoB e o PT, que indicou a candidata a vice, Maria del Carmen.Outro endividado é Claudio Silva (PP), cujas despesas somam R$ 609,6 mil, enquanto a arrecadação totaliza R$ 150 mil. Conforme as informações do TSE, mais da metade dos gastos estão relacionados à produção dos programas de rádio, televisão ou vídeo.

Publicidades por materiais impressos e adesivos também aparecem como gastos expressivos. Por fim, aparecem a pré-instalação do comitê e a locação/cessão de bens móveis. No ranking de doadores para a campanha, apenas o Partido Progressista foi apontado como colaborador, tendo realizado dois repasses, um de R$ 100 mil e outro de R$ 50 mil.De acordo com o TSE, o prefeito ACM Neto (DEM) arrecadou R$ 7,1 milhões e pagou todas as despesas que foram contratadas, estimadas em R$ 3,5 milhões.

Dos recursos recebidos, R$ 2,1 milhões são constituídos por doações de pessoas físicas e R$ 5 milhões provêm do fundo partidário do Democratas Nacional. Ainda segundo os dados do TSE, o maior gasto do candidato à reeleição foi com serviços prestados por terceiros, seguido pela produção de programas de rádio, televisão ou vídeo. Publicidade por materiais impressos representa a terceira maior despesa.

A atual vice-prefeita, Célia Sacramento (PPL), arrecadou R$ 39,4 mil, sendo que R$ 26 mil foram doados pela legenda. Até o momento, as despesas contratadas somam o valor de R$ 17 mil, dos quais R$ 10 foram quitados. O principal gasto da campanha é representado pela produção dos programas de rádio e TV, enquanto os serviços prestados por terceiros aparecem em sequência.

Reprodução/Tribuna da Bahia.