Política

Câmara discute possível caminhos para greve dos rodoviários

Para o presidente da Casa uma paralização não seria correta pois prejudica a população.

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Em meio possibilidade de anúncio de greve dos rodoviários, a partir desta quinta-feira (11), a Câmara de Salvador discutiu, na sessão desta terça-feira (9), qual atitude deveria ser feita diante da situação. Para o presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), uma paralização não seria correta pois prejudica a população.

O político disse não ser contra a busca por direitos, mas sugeriu outras formas que isto pode ser feito, deixando os passageiros entrarem gratuitamente no veículo. "Faça uma greve de catraca abaixada, que impacta no empresariado e promova mudanças. No entanto, a paralização das atividades gera transtorno para população. Já uma greve que não onera os povo tem o apoio do presidente desta casa", explicou Muniz.

Em resposta, o edil Tiago Ferreira (PT), representante dos rodoviários na Casa, alertou que essa movimentação seria utópica. "Nosso sonho é fazer uma campanha de catraca livre, mas precisamos ter responsabilidade. Uma manifestacao assim pode quebrar mais uma empresa, a CSN nesta gestão horrorosa de Bruno Reis (UB) e ACM Neto (UB)  já foi e levou 4.500 postos de trabalho. Não podemos colocar em risco mais 5 mil trabalhadores. Falar isso é jogar para torcida, mas não é factível, não existe nem previsão legal, poderiam todos serem demitidos com essa atitude", rebateu.

Átila do Congo (Patriota) também foi contra a campanha de catraca livre, mas com outra argumentação. Na visão dele essa seria uma forma de analisar a situação apenas beneficiando a população e os funcionários, o que colocaria em prejuízo as empresas.

Com isso, o presidente da Casa se explicou. "Não sou contra o lucro do empresario. O lucro é fundamental para que o empresário atue e ate invista mais em melhorias no modal. No entanto, estamos falando de um transporte sujo, que nao presta.  Nós somos a casa do povo e precisamos garantir que isso não aconteça", finalizou.