O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), enviou um ofício ao Poder Executivo nesta sexta-feira (8) devolvendo a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O emedebista afirma que no documento constam diversas inconsistências que precisam ser corrigidas.
A primeira delas foi apontada pelo vereador Hélio Ferreira (PCdoB), presidente da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais. Em ofício enviado ao presidente Geraldo Júnior, ele chamou a atenção para o fato de que o PL n.º 150/2022, que autoriza a concessão de subsídio tarifário ao transporte público coletivo de passageiros por ônibus no Município de Salvador, é de suma importância que, antes mesmo da votação do parecer final da Comissão, a respeito do texto final da LDO, a Comissão de Transporte possa se debruçar sobre as diretrizes de políticas fiscais e orçamentárias fixadas pelo Executivo, para o ano de 2023
Após esses questionamentos, o presidente Geraldo Júnior criou um grupo de estudos, composto por diversos vereadores e presidentes das comissões instaladas na Casa, para se debruçar sobre o tema. Após isso, foram verificados, segundo ele, mais problemas, como a repercussão negativa causada pela não instalação de comissões importantes como Desenvolvimento Econômico; Saúde; Direitos do Cidadão e da Assistência, evocando a teoria dos poderes implícitos.
Geraldo Júnior afirmou ainda que vem alertando sobre as proposições apontadas há algum tempo e que de posse de um documento com fundamentos substanciais que concluíram pela devolução como forma de corrigir os erros encontrados, todos técnicos e substanciais, não vislumbrou outra saída.
“Diversas casas legislativas procedem dessa forma, sem maiores desgastes. Esperamos que haja a compreensão do Poder Executivo em corrigir as falhas e internamente aguardamos que haja logo a instalação dessas comissões de grande importância para o funcionamento pleno de nossa Câmara”, disse o presidente.
Também foi publicado no Diário Oficial do Legislativo o Decreto do recesso parlamentar até o dia 31 de julho, pois com a devolução da matéria ao Executivo, não há mais impedimento legal para que isso aconteça.