O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14), por 343 votos a 8, o regime de urgência para o Projeto de Lei 3734/12, do Poder Executivo, que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, com a finalidade de proteger a pessoa e seu patrimônio por meio da atuação conjunta, coordenada, sistêmica e integrada dos sistemas de segurança, em articulação com a sociedade.
A proposta foi defendida pelo deputado Major Olimpio (SD-SP). “Se não tivermos linhas mestras para a segurança pública, nada será edificado neste setor”, afirmou.
Já o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que o Sistema Único de Segurança Pública é a primeira fase de um debate que deve envolver outras áreas. “Nós temos de aprofundar os debates sobre penas, presídios e segurança pública ostensiva”, declarou.
A bancada do PT manifestou-se contra a urgência. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que o texto não foi amplamente discutido nem distribuído pelo relator, deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Fraga, no entanto, rebateu as críticas e disse que distribuiu a primeira versão do relatório na semana passada. “Fui pessoalmente às bancadas, apresentei o texto na semana passada e pedi as sugestões. Precisamos honrar os acordos”, disse.
Grupo de trabalho
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a proposta deveria ser discutida pelo grupo de trabalho que vai analisar projetos de parlamentares sobre segurança pública. “O texto precisa passar por um debate profundo, não podemos aprovar a urgência de um projeto sobre o qual não tem acordo. Defendemos o adiamento por uma semana, porque hoje foi a primeira reunião do grupo de trabalho sobre segurança pública”, disse.
Já o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) esclareceu que o sistema único de segurança pública não está no escopo do grupo de trabalho criado para discutir o tema.
Agencia Camera // AO