Os candidatos à Prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (União), iniciam a última semana de campanha para as eleições do próximo domingo (27), em 2º turno, sob tensão elevada.
Isso porque esta etapa do pleito tem sido marcada pelas trocas de acusações mútuas, além das vitórias e derrotas na Justiça Eleitoral. Este acirramento vem se elevando principalmente desde o 1º turno, quando ambos se alternaram na liderança durante a apuração e, no final, Caetano ficou à frente por pouco mais de 500 votos.
As pesquisas, até então, vem confirmando que a tendência deve se repetir daqui a seis dias. A maioria dos levantamentos aponta empate entre Caetano e Flávio, já outros observam uma vantagem a favor de Caetano – no entanto, dentro das margens de erro dos institutos, o petista e o membro do União aparecem igualados nos números.
No final de semana, eventos com militantes e decisões da Justiça Eleitoral movimentaram o cenário político na cidade. Do lado de Caetano, o petista realizou, no domingo (20), uma carreata em três localidades de Camaçari.
A ação saiu de Vila de Abrantes, passou por Jauá e terminou em Arembepe. Estiveram presentes, além do candidato a prefeito, o vereador Júnior Borges (União Brasil), líder do governo Elinaldo que declarou apoio a Caetano, Oswaldinho, candidato a prefeito do MDB.
No último sábado (20), o petista reuniu grande número de apoiadores durante caravana realizada na sede de Camaçari. O ato saiu do bairro do Algarobas e terminou no Sítio Verde.
Flávio Matos
No final de semana, a Justiça Eleitoral negou dois pedidos de Luiz Caetano (PT) para a remoção de conteúdos, das redes sociais, do seu adversário, Flávio Matos (União Brasil).
Nas postagens, o petista alegou que Flávio divulgou mensagens descontextualizadas e sabidamente inverídicas e, em uma delas, pediu direito de resposta devido a falas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil).
No primeiro pedido negado, Caetano argumenta que Flávio utiliza dois vídeos publicados nas redes de Flavio. No primeiro, o candidato do União Brasil usa imagens do presidente Lula (PT) em sua ida a Camaçari, vestido de azul, algo que foi inclusive repercutido na imprensa, e escreve: “Não tem jeito, Camaçari é 44. Até o presidente já deu os sinais”.
A outra publicação mostra o senador Jaques Wagner (PT), no mesmo evento, incentivando as pessoas a fazerem boca de urna, o que é crime conforme a legislação eleitoral. “Desesparado, Jaques Wagner sugere que eleitores de Camaçari cometam crime eleitoral”, diz a publicação de Flávio.
Em uma das suas decisões, a juíza Maria Claudia Salles Parente informou que, ao negar um dos pedidos de Caetano, não há evidências de que o conteúdo praticou deepfake.
O que vem por aí?
Para esta semana, entre outras agendas, além das carreatas em prol das respectivas candidaturas, está previsto que os postulantes do Executivo camaçariense vão passar por uma sabatina – uma na terça-feira (22) e outro na quarta (23) – na TV Aratu.
Em meio a essa movimentação na última semana de campanha, para aumentar a tensão entre os candidatos e os apoiadores, estão previstas a divulgação de pelo menos oito pesquisas até o sábado (26) que antecede a eleição.
Ao todo, são duas da P&A (21/10 e 24/10), duas da Séculus (22/10 e 24/10), duas da Real Time Big Data (25/10 e 26/10), uma da Potencial (25/10) e mais uma da Veritá (26/10).