Política

Bruno Reis descarta aumento da tarifa de ônibus em Salvador e critica governo federal por falta de subsídio

Prefeito deu declaração após fim da desoneração da folha de pagamento proposto pelo governo federal

Valter Pontes/Secom
Valter Pontes/Secom

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), descartou o aumento do reajuste na tarifa de ônibus, na capital baiana, mesmo com o fim da desoneração da folha de pagamento, proposto pelo governo federal, e deve elevar os custos de operação.

Na manhã desta quarta-feira (8), durante lançamento da campanha Maio Amarelo – voltado para a conscientização sobre acidentes de trânsito – e da entrega de 62 novas viaturas da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), o gestor ainda lamentou a falta de subsídio do governo federal para o setor.

Ele criticou a reoneração da folha – que poderia impactar em cerca de 25 centavos no valor da tarifa e disse ainda esperar que o fim da desoneração possa ser revisto.

“Primeiro, não terá nenhum reajuste esse ano, não existe essa possibilidade. Segundo, infelizmente, o governo federal que não ajuda, que não paga o subsídio, que não concede benefícios e incentivos fiscais aos insumos do transporte público, agora vem com a reoneração da folha, que é o principal componente do transporte público, porque a mão de obra dos motoristas cobradores terão incidência do tributo. Isso impacta 25 centavos na tarifa”, disse.

"Esperamos que ainda o Congresso, diante das negociações que vem tentando, ou até mesmo a Justiça, possa rever em especial o caso do transporte público, que sem sombra de dúvidas, é o maior problema não é de Salvador não, é das médias e grandes cidades do Brasil", acrescentou.

O chefe do Executivo soteropolitano afirmou ainda que, das 11 empresas que integravam o sistema metropolitano, cinco já quebraram, provocando a demissão de cerca de 1,5 mil trabalhadores.

“Muito provavelmente algumas [empresas] possam vir a falir por conta da desoneração da folha. Em qualquer cidade do Brasil, vocês vão ver o dilema, a aflição que os prefeitos vivem para manter o transporte público funcionando”, salientou.