Pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos foi escolhido pelo PSOL para liderar a comissão que vai ser responsável pelas tratativas da sigla e de outros partidos de esquerda, com o PT do ex-presidente Lula.
O objetivo é fazer o petista aderir à agenda progressista defendida por estes partidos, entre eles o PSOL, ao passo que Lula faz um aceno ao centro em articulações, por exemplo, com o ex-tucano Geraldo Alckmin — que negocia filiação com o PSB.
O líder nacional do Movimento Sem-Teto, Boulos se une ao presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e à deputada federal Talíria Perrone (RJ), líder da bancada do partido na Câmara Federal. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Os três eixos programáticos que são prioridade para o PSOL são a revogação do teto de gastos imposto no governo Michel Temer, as políticas ambientais implantadas por Jair Bolsonaro (PL) e uma nova reforma tributária.
Em um congresso realizado em setembro passado, o PSOL definiu por 56% a 44% que iria apoiar a campanha de Lula e não iria lançar candidato próprio ao Planalto. A decisão final, contudo, deve ser confirmada em uma conferência da legenda prevista para abril.
Nesta sexta-feira (11), a executiva do PSOL prorrogou por mais 15 dias o trabalho do grupo que discute a formação de uma federação partidária com o partido Rede Sustentabilidade.
A ala mais radical, no entanto, vê a federação como um movimento ao centro. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é um dos articuladores da aliança e defende a chapa Lula e Alckmin.
Parte do PSOL ainda quer uma candidatura própria, mas convenção em setembro do ano passado definiu por maioria dos votos que o partido vai apoiar a candidatura de Lula.