Política

Bolsonaro volta a mentir sobre vacinas e minimiza racismo no Brasil

Presidente concedeu entrevista à TV americana Fox News nesta quinta-feira (30)

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em entrevista à TV americana Fox News nesta quinta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mentir sobre a necessidade da vacina contra a Covid-19, sugerindo que quem já foi contaminado não precisa se imunizar contra a doença, o que não é recomendado pela ciência.

"Se alguém já contraiu o vírus, a vacina realmente não ajuda. A vacina seria inócua. Foi o meu caso, é porque eu não tomei a vacina", diz Bolsonaro, que garante não ter se vacinado contra a doença, mas colocou o seu cartão de vacinação sob sigilo de 100 anos. "Mas comprei vacina para todos os brasileiros", acrescentou.

A frase foi dita ao apresentador Tucker Carlson, âncora da Fox News, emissora dedicada ao público conservador. Sem adotar um tom crítico – pelo contrário – ele mencionou que Bolsonaro foi o único líder mundial que afirmou publicamente não ter se vacinado.

Segundo o presidente, a sua atuação é em defesa da "liberdade individual" de cada um decidir por se vacinar ou não. Em outro momento ele voltou a argumentar em prol de medicamentos ineficazes para tratar a Covid, como ivermectina e cloroquina. 

Bolsonaro aproveitou para minimizar o racismo no Brasil. Ele admitiu que existe, mas não no grau como é "descrito", segundo informações da Folha de S. Paulo.

"Há racismo sim no Brasil, mas não como é frequentemente descrito. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas", resumiu.