O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a ver uma espécie de "luz no fim do túnel" após ter sido condenado, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a oito anos de inelegibilidade. Ele acredita que mudanças que estão previstas para acontecer na própria Corte podem mudar o cenário a favor dele.
Isso, de acordo com o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, poderia até vaibilizar uma candidatura do liberal inclusive para 2026. Ao todo, o Tribunal conta com sete ministros e deve passar por pelo menos três modificações entre os magistrados.
A primeira substituição, em novembro deste ano, envolve a saída do ministro Benedito Gonçalves, atual corregedor do TSE e relator da ação que impediu o ex-presidente de se candidatar até 2030. A vaga deverá ser preenchida por Isabel Gallotti, vista como “independente” por bolsonaristas.
Já a corregedoria da Corte passará a ser comandada pelo ministro Raul Araújo, que votou contra a inelegibilidade de Bolsonaro no julgamento ocorrido em junho – o placar, naquela sessão, foi de 5×2.
Em abril de 2024, está prevista a mudança mais aguardada por Bolsonaro no TSE: a saída de Alexandre de Moraes. A cadeira do algoz do ex-presidente deverá ser ocupada por André Mendonça, indicado pelo ex-presidente para o STF e, portanto, visto como simpático a ele.
Essas alterações, por si só, tornariam o ambiente mais favorável para Bolsonaro. A cereja seria colocada no bolo em 2026, quando Kassio Nunes Marques, visto como extremamente fiel ao ex-presidente, passará a presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um recurso apresentado pelo ex-presidente deverá começar a ser analisado pela Corte nesta sexta-feira (22).