Após ensaiar movimentos de saída da reclusão em que mergulhou desde a derrota para o presidente eleito Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) afundou novamente na tristeza com a proximidade de sua saída dos palácios da Alvorada e do Planalto, dizem aliados mais próximos que estiveram com ele nos últimos dias.
Segundo a Folha de São Paulo, o presidente vinha indicando que poderia encerrar a reclusão por meio de aparições breves e discursos aos seus seguidores, mas esse movimento foi interrompido. Para eles, a movimentação de deixar esses espaços fez com que “caísse a ficha” de que está se afastando de fato da Presidência.
Os aliados afirmam que Bolsonaro está falando em ficar longe da política nos três primeiros meses do ano. Além de deprimido e inconformado com a derrota, que ele atribui à interferência do Supremo Tribunal Federal (STF), ele tem reclamado do cansaço acumulado da campanha eleitoral.
Segundo relatam, o presidente se animou ligeiramente em almoço com Tarcísio de Freitas (Republicanos) no começo da semana. Eles afirmam que a frase de Tarcísio de que nunca foi um bolsonarista raiz não surgiu na conversa e que o presidente não a viu como problemática.
No encontro com Bolsonaro, o governador eleito de São Paulo teria dito que pretende se colocar como um gestor técnico desde o começo do mandato, sem envolvimento em brigas ideológicas.