Política

Bolsonaro tenta acordo com ONU e prefeitura de Nova York para não se vacinar

Presidente vai participar da Assembleia-Geral da ONU mas resiste em se vacinar contra a Covid-19

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo brasileiro negocia com a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e com a prefeitura de Nova York um acordo que permita que presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participe da 76ª Assembleia-Geral da ONU, na próxima semana, mesmo sem estar vacinado contra a Covid-19. As informações são da coluna de Igor Gadelha para o Metrópoles.

O presidente da Assembleia Geral, Abdullah Shahid, comunicou a diplomatas do mundo todo na terça-feira (14), que a administração de Nova York pretende exigir comprovante de vacinação contra o coronavírus para liberar a entrada no plenário onde vai acontecer o evento.

Com o discurso de que quer ser o “último” brasileiro a se vacinar, o chefe do executivo tenta negociar uma brecha. Uma das sugestões colocadas seria que Bolsonaro apresentasse um teste RT-PCR feito dias antes da Assembleia-Geral para comprovar que não está infectado pela Covid-19.

Até agora, a ONU sinalizou positivamente. À agência Reuters o secretário-geral da organização, Antônio Guterres, disse nesta quarta-feira (15) não poder exigir a vacina de chefes de Estado. Também lembrou que o edifício da instituição é considerado território internacional.

A administração municipal de Nova York, porém, resiste. Nesta quarta, a prefeitura reafirmou que chefes de Estado e de governo e suas comitivas deverão apresentar comprovante de vacinação para entrar na ONU.

Segundo auxiliares da presidência, Bolsonaro pretende fechar os acordos antes para evitar passar por “constrangimentos” nos Estados Unidos.