O governo brasileiro negocia com a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e com a prefeitura de Nova York um acordo que permita que presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participe da 76ª Assembleia-Geral da ONU, na próxima semana, mesmo sem estar vacinado contra a Covid-19. As informações são da coluna de Igor Gadelha para o Metrópoles.
O presidente da Assembleia Geral, Abdullah Shahid, comunicou a diplomatas do mundo todo na terça-feira (14), que a administração de Nova York pretende exigir comprovante de vacinação contra o coronavírus para liberar a entrada no plenário onde vai acontecer o evento.
Com o discurso de que quer ser o “último” brasileiro a se vacinar, o chefe do executivo tenta negociar uma brecha. Uma das sugestões colocadas seria que Bolsonaro apresentasse um teste RT-PCR feito dias antes da Assembleia-Geral para comprovar que não está infectado pela Covid-19.
Até agora, a ONU sinalizou positivamente. À agência Reuters o secretário-geral da organização, Antônio Guterres, disse nesta quarta-feira (15) não poder exigir a vacina de chefes de Estado. Também lembrou que o edifício da instituição é considerado território internacional.
A administração municipal de Nova York, porém, resiste. Nesta quarta, a prefeitura reafirmou que chefes de Estado e de governo e suas comitivas deverão apresentar comprovante de vacinação para entrar na ONU.
Segundo auxiliares da presidência, Bolsonaro pretende fechar os acordos antes para evitar passar por “constrangimentos” nos Estados Unidos.