Durante uma parada para tomar caldo de cana e comer pastel, em Sol Nascente, região administrativa próxima à Ceilândia, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à Carta pela Democracia, lida na Universidade de São Paulo (USP), na quinta-feira (11). O documento obteve mais de 1 milhão de assinaturas
“Tem que atacar o meu governo e tem que atacar onde eu estou errando. O que eu estou fazendo que é contrário à democracia? É por aí, pô! O que eu estou fazendo? Nada! Estão preocupados com minha popularidade?”, questionou Bolsonaro.
O presidente ainda questionou os apoiadores do manifesto, afirmando que os subscritores são “artistas que não recebem mais incentivos da Lei nº 8.313/1991, a Lei Rouanet.
“O movimento [carta pela democracia] de poucos artistas que não recebem mais lei Rouanet [e]; de alguns sindicalistas que não têm mais o imposto sindical. Carta pela democracia? Alguém tá fazendo um ato antidemocrático no Brasil? Alguém tá desrespeitando a constituição brasileira? Alguém tá pregando golpe no Brasil? Isso é política”, pontuou o chefe do Executivo.
O texto da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, como foi oficialmente nomeado, começou a receber apoio em 26 de julho e contava, até quinta-feira, com 1 milhão de assinaturas. Entre os signatários, há políticos, entidades sindicais, empresários, professores, artistas e demais cidadãos.
A iniciativa de juristas surgiu após diversos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas.