Eleições

Bolsonaro promete respeitar resultado das urnas mas volta a mentir sobre insegurança

No entanto, sem entrar em detalhes, impôs a condição para que aceite a eventual derrota para Lula (PT)

Reprodução/Twitter
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu respeitar o resultado da eleição deste ano, mesmo sendo derrotado, durante participação na sabatina do Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta segunda-feira (22).

No entanto, sem entrar em detalhes, impôs a condição para que aceite a eventual derrota para Lula (PT).

"Seja qual for [o resultado das urnas], eleições limpas devem e têm que ser respeitadas. Limpas e transparentes tem que ser respeitadas", disse Bolsonaro.

Apesar do aceno, ele voltou a mentir sobre a insegurança do sistema eleitoral, como quando relembrou que o PSDB judicializou a eleição de 2014 quando Dilma Roussef (PT) venceu Aécio Neves.

"Em 2014, tivemos eleições. No segundo turno, o PSDB duvidou da lisura das eleições e contratou uma auditoria. A conclusão da auditoria do PSDB: as urnas são inauditáveis", disse o candidato. Mas, ao contrário do que ele afirma, as urnas são auditáveis e seguras, conforme comprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os partidos também são convidados a enviarem representantes para acompanharem a auditoria das urnas antes do pleito, mas a demanda quase sempre é muito baixa.

Mais uma vez citou um ataque hacker ao TSE em 2018, mas que não tinha relação com as urnas eletrônicas e por isso não teria como afetar a contagem de votos.

"Vocês, com toda certeza, não leram o inquérito de 2018 da Polícia Federal, que, inclusive, está inconcluso. É aquela pergunta que eu sempre faço: se você pode colocar uma tranca a mais na sua casa para evitar que ela seja assaltada, você vai fazer ou não? Então esse é o objetivo disso que eu tenho falado sobre o Tribunal Superior Eleitoral", justificou o candidato.

Nesta terça-feira (23), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) será sabatinado no programa.