O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, destacou nesta terça-feira (23), no Twitter, algumas de suas propostas para a saúde – o prontuário eletrônico nacional interligado e o credenciamento universal de médicos.
Jair Bolsonaro não teve atividades de campanha na rua e passou a manhã desta terça em casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde continua conversando com os eleitores pela internet. Ele também recebeu um grupo de parlamentares durante a manhã.
Bolsonaro disse que o prontuário eletrônico nacional interligado será "o pilar de uma saúde na base informatizada" que, segundo ele, vai reduzir custos e facilitará o atendimento do paciente.
O candidato também falou que haverá credenciamento universal de médicos para compartilhar esforços onde houver maior demanda.
O Prontuário Eletrônico Nacional Interligado será o pilar de uma saúde na base informatizada. O cadastro do paciente reduz custos e facilitará o atendimento futuro por outros médicos, em outros postos ou hospitais. Além de tornar possível cobrar desempenho dos gestores locais.
Ainda em publicação no Twitter, Bolsonaro também afirmou que brasileiro está "esgotado de pagar impostos" e que o país está "devastado pelos maiores escândalos de corrupção".
Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, Bolsonaro voltou a falar do episódio envolvendo seu filho o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Em vídeo que circulou nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro (PSL) afirmou que para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) bastava "um soldado e um cabo".
Os ministros do STF Dias Toffoli, Celso de Mello e Alexandre de Moraes reagiram às declarações do deputado federal.
Depois da repercussão do vídeo, Eduardo Bolsonaro se retratou por meio de publicação em rede social. Jair Bolsonaro também veio a público pedir desculpas em nome do filho.
"Eu já me desculpei, ele já se desculpou, e vamos tocar o barco. Nós não somos ameaça à democracia. Nós somos a garantia da liberdade e da democracia", disse Bolsonaro a rádio.
"E outra coisa, isso que meu filho falou foi há quatro anos atrás. Naquele tempo existia ali um outro clima no Brasil. Agora, não podemos superdimensionar isso", concluiu o candidato.
Ao final da entrevista na Rádio Guaíba, o jornalista Juremir Machado da Silva pediu demissão. Ele não participou da entrevista. Ele apenas acompanhou, de dentro do estúdio, o programa que é transmitido ao vivo.
Ele entendeu que foi censurado por Bolsonaro, uma vez que o candidato teria solicitado à Rádio Guaíba ser entrevistado apenas pelo âncora, Rogério Mendelski.
“Achei humilhante e, por isso, estou saindo do programa. Foi um prazer trabalhar aqui por 10 anos”, disse jornalista ao deixar o estúdio.
Rogério Mendelski afirmou que não houve censura, mas apenas um combinado com Bolsonaro de que a entrevista seria com o âncora.
G1 // AO