Política

Bolsonaro promete 40 embaixadores em reunião para tratar fraude em urnas

"Eu abri o convite para todo mundo. A ideia minha inicial era convidar uns 50 (embaixadores). (Mas) Por que vai excluir? Qual o critério para excluir? Tem que ter critério. E aí (vem) quem quer. É convite também", disse Jair Bolsonaro

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse na tarde deste domingo (17) que cerca de quarenta embaixadores estrangeiros confirmaram presença na reunião convocada por ele para tratar das urnas eletrônicas. Ele, porém, não mencionou quais seriam estes embaixadores. Reportagem do Estadão mostrou que algumas das principais representações estrangeiras, como Estados Unidos, Reino Unido e Japão não confirmaram presença. 

O encontro está agendado para as 16h desta segunda-feira (18) no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e servirá para que Bolsonaro repita a tese nunca comprovada de que houve fraude nas eleições de 2014 e 2018.

Outras embaixadas confirmaram que enviarão representantes, como a da França e a da União Europeia. Há dúvidas na comunidade diplomática sobre quais foram os critérios usados pelo Palácio do Planalto para escolher quais representações estrangeiras seriam chamadas.

"Eu abri o convite para todo mundo. A ideia minha inicial era convidar uns 50 (embaixadores). (Mas) Por que vai excluir? Qual o critério para excluir? Tem que ter critério. E aí (vem) quem quer. É convite também", disse Jair Bolsonaro.

O presidente da República deu a entender que a reunião com embaixadores é uma "resposta" ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin. Recentemente, a Corte Eleitoral fez uma reunião com os representantes das embaixadas para mostrar como funcionam as urnas eletrônicas brasileiras. "Deixar bem claro uma coisa que o Fachin não… levou em conta. Quem trata da política externa é o presidente da República, de acordo com a Constituição", disse.