O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a negar nesta quinta-feira, 22, que interferiu no Coaf, Receita e Polícia Federal para atrapalhar investigações ou proteger a própria família.
"Tudo o que podiam fazer com a minha família já fizeram", disse. Segundo o presidente, foram quebrados sigilos da família e as informações chegaram à imprensa. "Causaram transtorno enorme para família. Vocês sabem como alguns setores do Ministério Público trabalham no Brasil: querem te atingir de uma forma ou de outra. Eu não agrado a essa minoria", declarou.
Sobre a mudança do Coaf ao Banco Central, Bolsonaro disse que o órgão deve estar trabalhando "em poucas semanas" para atender a sociedade. Segundo Bolsonaro, "grande parte das pessoas foi mantida" mesmo com a troca. Ele disse ainda que "ali é lugar de funcionários concursados", apesar de brecha na medida provisória para que o presidente do banco indique pessoas de fora do serviço público.
O presidente reforçou que tem poderes legais para trocar o comando da PF. "Toda vez que troca o governo, se troca o comando da polícia. Isso é natural", disse. "O diretor-geral da PF, conforme definido em lei, quem nomeia sou eu. Se tiver de mudar a gente muda e ponto final. A Receita Federal é a mesma coisa", declarou.
Privatizações
Bolsonaro disse que foi dado o "primeiro passo" para uma ampla privatização de estatais com o anúncio de 17 empresas que devem ter ativos negociados. O presidente disse que a ideia era colocar mais empresas na lista, o que não foi feito pois "haveria reação". Bolsonaro destacou que os Correios entraram no pacote.
Bolsonaro falou em transmissão semanal que é feita pelo presidente nas redes sociais.
Estadão // AO