Política

Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos a informações ligadas ao caso Marielle, afirma Boulos

Segundo Boulos, o conteúdo é referente a "telegramas do Itamaraty" que teriam conexão com o crime

Reprodução/YouTube
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), um dos integrantes da alta cúpula do governo de transição de Lula (PT), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) colocou sob sigilo informações ligadas ao caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Segundo Boulos, o conteúdo é referente a "telegramas do Itamaraty" que teriam conexão com o crime

"Vai cair o sigilo de 100 anos! O governo Lula descobriu que Bolsonaro decretou sigilo sobre os telegramas do Itamaraty relacionados ao assassinato de Marielle Franco. O que será que o miliciano quer esconder?", questionou Boulos em post feito no Twitter nesta quinta-feira (5).

Marielle foi executada em 2018, no Rio de Janeiro, no carro em que estava com uma assessora e com o seu motorista, Anderson Santos, que também morreu no local com disparos de fuzil.

As investigações levaram às prisões do policial reformado Ronnie Lessa, que atirou contra a vereadora, e do ex-militar Élcio Vieira de Queiroz, que dirigia o carro que perseguia Marielle.

Em 28 de julho de 2021, o miliciano Almir Rogério Gomes da Silva foi preso, acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle, de acordo com o depoimento de Júlia Lotufo, a viúva de Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, milícia a qual pertenciam Ronnie e Élcio.

RELAÇÃO COM BOLSONARO

Até o momento, as investigações nunca relacionaram o crime à família Bolsonaro. No entanto, a repercussão quando foi descoberto que Ronnie Lessa morava no mesmo condomínio que Bolsonaro foi enorme.

O próprio Adriano da Nóbrega tinha proximidade com o clã Bolsonaro, inclusive sendo homenageado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) com indicação do hoje senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente.

Familiares de Adriano também tiveram cargos no gabinete dos Bolsonaro, e mais tarde foram suspeitos de participarem do esquema de 'rachadinha' nos gabinetes do próprio Flávio.