O presidente Jair Bolsonaro se reuniu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (28), em Osaka no Japão, três meses após visita oficial aos EUA.
Os chefes de governo discutiram mais sanções econômicas tanto para Venezuela como para Cuba, de acordo com declaração à TV Globo de Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Trump voltou a dizer "que todas as opções estão na mesa" quando discutiu a situação venezuelana.
O porta-voz da presidência, Rego Barros, afirmou que os governos dos EUA e do Brasil compreendem que "deve-se imaginar que é por meio da pressão econômica que nós vamos conseguir viabilizar a democracia na Venezuela" e defendeu a "desidratação" dos apoiadores do governo de Nicolás Maduro.
"Todos aqueles apoiadores que possam insertar algum suporte financeiro à Venezuela poderão eventualmente vir a ser analisada alguma ação para que haja uma desidratação desse suporte”, declarou Barros em entrevista coletiva.
Entre os apoiadores da Venezuela, explicou Barros, "obviamente, nós não podemos deixar de identificar Cuba".
No entanto, ele não deu detalhes de medidas concretas que possam ser tomadas contra os dois países.
Troca de elogios
"Sempre o admirei desde antes das eleições. Temos muita coisa em comum. Somos dois líderes de países que, juntos, podemos fazer muito por seus pobres. Estamos à disposição para conversar com Trump, de modo que possamos fazer parcerias. Gosto muito do povo americano. A política do Brasil mudou de verdade. Nos interessa e temos o prazer de nos aproximar dos Estados Unidos", disse Bolsonaro, durante encontro que reuniu delegações dos dois países.
Bolsonaro manifestou apoio a Trump na sua tentativa de reeleição e o convidou para visitar o Brasil mesmo antes do pleito. "Espero que nos visite antes das eleições, se for possível".
O presidente americano respondeu que pretende visitar o Brasil, mas não chegou a marcar uma data.
"Você tem ativos que alguns países nem conseguem imaginar. É um tremendo país, com uma população tremenda, então estou entusiasmado para ir", afirmou.
Espanha
Bolsonaro também se encontrou com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, e se pronunciou no Twitter sobre a prisão de um sargento brasileiro da aeronáutica com 39 kg de cocaína no aeroporto de Sevilha, na Espanha. “Aproveitei para agradecê-lo pelo modo como as autoridades espanholas estão lidando com o caso dos entorpecentes apreendidos em avião da FAB e reafirmei minha defesa por punição severa para o tráfico”.
OCDE
No início da cúpula do G20, Bolsonaro se encontrou com o secretário-Geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mexicano José Ángel Gurría Treviño. A OCDE conta com 36 países e o Brasil quer se tornar um novo membro.
Após audiência com Treviño, o presidente brasileiro diz que conversou “sobre os próximos passos para uma relação ainda mais forte com a organização” e que o mexicano mostrou “entusiasmo” com a agenda brasileira de reformas. Mas também ouviu que é preciso respeitar uma fila que tem na espera, entre outros, Argentina e Romênia.
Depois, Bolsonaro se encontrou rapidamente com o presidente da França, Emmanuel Macron. Na conversa, o presidente brasileiro sinalizou a Macron que o Brasil vai continuar no Acordo do Clima de Paris e disse esperar o apoio da França para o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul.
A posição do presidente brasileiro reforça o compromisso firmado pelos Brics mais cedo.
G1 // AO