O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta terça-feira (23) que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), não autorizou a presença da Polícia Militar para fazer a segurança em cerimônia de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista. Em resposta, Costa disse que, como o evento é exclusivamente federal, as forças federais devem fazer a segurança do presidente – a PM é uma força estadual.
Bolsonaro viaja nesta manhã a Vitória da Conquista, na primeira viagem ao Nordeste após a polêmica causada por declaração dele sobre governadores da região. O presidente participará da inauguração do aeroporto, que amanheceu cercado por tapumes. A chegada dele ao município baiano estava prevista para 10h45.
Às 8h47, o presidente afirmou, pelo Twitter:
“Estou de partida para Vitória da Conquista para inauguração de aeroporto. Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral”, postou Bolsonaro em sua conta no Twitter.
Instantes após a postagem, Rui Costa confirmou que a PM não fará a segurança do evento.
"Então, se o evento é exclusivamente federal, que as forças federais cuidem da segurança do presidente", argumentou o governador, ao ser questionado durante uma entrevista à Rádio Metrópole.
Costa alegou ainda que não pode "colocar a polícia para bater em quem quer protestar", e ressaltou que o aeroporto está cercado por tapumes e pelo Exército.
“Não pode entrar e quebrar prédio público, isso eu não permito. Mas a pessoa está na porta do prédio, protestando com apito, com carro de som, é de direito, é democrático isso."
Fala sobre governadores do Nordeste
A polêmica de Bolsonaro envolvendo governadores nordestinos ocorreu na última sexta-feira (19), antes do início de café da manhã com jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto. O presidente afirmou, em conversa informal com o ministro Onyx Lorenzoni, que "daqueles governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”.
Após a fala, governadores nordestinos rebateram a declaração em carta aberta.
G1 // AO