O presidente Jair Bolsonaro afirmou a um grupo próximo de parlamentares que só indicará o novo procurador-geral da Repúblicanos aos 48 minutos do segundo tempo —ou seja, perto do fim do mandato de Raquel Dodge, que vai até setembro.
Ele disse ainda que já está 90% definido e que as pessoas terão uma surpresa com o nome que vai escolher para comandar a PGR (Procuradoria-Geral da República). Bolsonaro, no entanto, é considerado imprevisível e pode antecipar a indicação.
Os candidatos ao cargo se movimentam para cair nas graças de Bolsonaro. O subprocurador-geral Augusto Aras, por exemplo, ganhou o apoio do ex-deputado federal Alberto Fraga, que liderava a bancada da bala no Congresso.
Aras já esteve com Bolsonaro, com os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
O subprocurador Paulo Gonet, católico e conservador, tem o apoio de Walton Alencar Rodrigues, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e amigo do presidente.
Raquel Dodge tenta a recondução. Os subprocuradores Lauro Cardoso e José Bonifácio de Andrada também sonham com a indicação.
Folha// Figueiredo