O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) avalia sugestões de nomes para ocupar o Ministério da Agricultura e do Meio Ambiente. Um deles é o deputado Jerônimo Georgen (PP-RS), que foi colega de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Outro é ex-deputado federal e engenheiro agrônomo Xico Graziano, que deixou o PSDB durante a campanha presidencial para declarar voto em Bolsonaro.
Georgen confirmou ao blog sua indicação feita nesta quarta-feira (31) a Bolsonaro pelo presidente da União Democrática Ruralista, Antonio Nahban Garcia, que esteve com Bolsonaro. Nahban é um dos mais próximos conselheiros de Bolsonaro.
O deputado disse que falou por telefone com Bolsonaro nesta quarta, que brincou: "você tem um excelente cabo eleitoral aqui!"
Georgen afirmou que não houve convite, mas que, se houver, sente-se "preparado para a vaga com ou sem Meio Ambiente".
Bolsonaro deve fundir o Ministério do Ambiente com a Agricultura. Perguntado se ele tem interlocução com os setores do Meio Ambiente, o deputado disse que "não tem convivência".
O deputado disse que, além dele, soube pelos produtores que a equipe de Bolsonaro também avaliava o nome de Graziano para a pasta.
Georgen afirmou também que tem uma agenda sintonizada com Bolsonaro na questão da lei antiterrorismo, que tipifica como terrorismo invasões e ações violentas. Ele tem um projeto que está pronto para ser votado no plenário.
Nesta quarta-feira, ele conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pedindo agilidade para votar o projeto. Segundo ele, Maia disse que a proposta de até 30 anos de cadeia para invasões seria muito alta e sugeriu trocar por um outro projeto que prevê a pena de regime aberto – o que Georgen é contra. "Está pronto para votar. Só pautar".
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