O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (14) que determinará ao Ministério de Minas e Energia (MME) que altere a bandeira tarifária de energia elétrica para rebaixá-la a um valor menor a partir do mês que vem. A declaração foi feita durante discurso na Conferência Global Millenium, um evento que reúne igrejas evangélicas.
"Estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade mas a Minas e Energia, teve que decretar a bandeira vermelha. Dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Mas vou determinar que ele volte à bandeira normal a partir do mês que vem", disse o presidente, sem entrar em detalhes sobre qual seria a redução pretendida.
Atualmente, a bandeira em vigor não é "escassez hídrica", a mais cara, anunciada em agosto e que adiciona R$ 14,20 a mais nas faturas para cada 100 kW/h consumidos. Abaixo da atual bandeira, existe a "vermelha", com dois patamares de tarifa abaixo da "escassez hídrica", as outras duas bandeiras são a "verde" (pela qual não há cobrança adicional) e a "amarela" (R$ 1,874 adicionais a cada 100 kW/h consumidos).
No entanto, apesar do apelo do presidente a responsável por definir a cada mês a bandeira em vigor é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que já havia determinado a previsão da bandeira "escassez hídrica" até 30 de abril de 2022. Famílias de baixa renda incluídas na Tarifa Social de Energia Elétrica são isentas de pagar a bandeira escassez.