Política

Bolsonaro acusa delegado da Polícia Federal de "abafar o caso"

Candidato à Presidência afirmou que delegado responsável 'age, em parte, como defesa do criminoso'

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O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 24,  em entrevista à rádio “Jovem Pan”, que foi vítima de um atentado político e criticou a investigação da Polícia Federal sobre o ataque sofrido por ele no dia 6 de setembro em ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

O presidenciável disse que o parecer do delegado Rodrigo Morais, que comanda a investigação, é para “abafar o caso” e sugere que o policial “age, em parte, como defesa do criminoso.”

Na entrevista de 16 minutos, gravada na manhã desta segunda-feira no Hospital Albert Einstein em São Paulo, Bolsonaro chorou ao se lembrar do ataque e contou que imaginou ter levado “um soco ou um pedrada”. O presidenciável disse ter visto apenas um vulto de seu agressor Adélio Bispo de Oliveira. Para ele, o homem “foi cumprir uma missão” e não agiu sozinho.

Ele (Adélio) não é tão inteligente assim, não. A tendência natural é, em um ato como aquele, ser linchado. Então, ele foi para cumprir a missão quase na certeza que não seria (linchado). Não seria como? Teria gente ao lado dele — disse Bolsonaro, ao lado do filho Flávio, deputado estadual pelo Rio e candidato ao Senado, que também se emocionou.

Bolsonaro contestou o delegado Rodrigo Morais, que em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, afirmou que até agora não há elementos que sustentam que Adélio Bispo teve ajuda para executar o crime.

Ouvi dizer que a Polícia Civil de Juiz de Fora está bem mais avançada do que a Polícia Federal. O depoimento que eu ouvi do delegado da PF, que está conduzindo o caso, realmente é para abafar o caso. Eu lamento. O que eu o ouvi falando dá a entender até que age, em parte, como uma defesa do criminoso. Isso não pode acontecer — disse o candidato.

 

O Globo// Figueiredo