O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) usou as rede sociais, na terça-feira (3), para repudiar a fala do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes (PSD), que os membros da Casa têm “medo” de investigar o parlamentar, acusado pela Polícia Federal (PF) de liderar uma organização criminosa na região de Feira de Santana (centro-norte da Bahia).
Em almoço com a imprensa, na tarde de ontem, o pessedista afirmou que engendrou todos os esforços junto aos líderes do Parlamento para que o Conselho de Ética – presidido atualmente pelo deputado Vitor Bonfim (PV) – fosse instalado. No entanto, ele afirma que o colegiado não se debruçou sobre o processo do deputado Binho Galinha por receio.
“Se três juízes já se afastaram no decorrer do processo, quem somos nós. Ninguém quer andar pelo interior e tomar um tiro. Há o medo de agir, tem o receio pela gravidade e pelo tamanho do problema”, afirmou ele, na ocasião.
Em nota publicada em seu perfil no Instagram (confira abaixo na íntegra), Binho afirmou que Adolfo apresenta fatos desconexos e não comprovados.
“Não há, nos autos da ação penal, quaisquer elementos que demonstrem receio da sociedade ou das autoridades responsáveis pelo deslinde processual. Ao se referir ao que ‘viram na imprensa’, o presidente da ALBA se utiliza de ilações de quem não tem acesso ao processo, tampouco conhece as provas. Assim, viola a presunção de inocência e os demais direitos e garantias fundamentais, que são inerentes a todas as pessoas”, diz um trecho da nota.
Ainda conforme o documento, o parlamentar afirmou ser “inadmissível” que se trate uma pessoa como inimigo da sociedade. “Urge destacar que os fins não justificam os meios”, completa.
“Até o momento, o deputado Binho Galinha não teve a oportunidade de se defender e apresentar sua versão sobre os fatos, tampouco suas provas, o que somente ocorrerá nesta semana, em resposta à acusação. Considerar que ‘três juízas já correram de julgar o caso’ também é uma falácia que ignora as garantias da magistratura e desrespeita o Poder Judiciário baiano”, aponta a nota divulgada por Binho Galinha.