O Ministério Público Federal na Operação Lava Jato afirma que a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) ‘se mostrou imprescindível em razão da recente tentativa comprovada de obstrução das investigações pelos envolvidos’. Segundo os procuradores da força-tarefa, o tucano tentou influenciar o depoimento de um corretor de imóveis para não revelar pagamentos em dinheiro vivo na compra de conjuntos comerciais em Curitiba.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a compra dos espaços teria sido realizada com parte de uma propina de R$ 2,7 milhões que o ex-governador pegou de concessionárias de rodovias federais no Paraná, segundo a Lava Jato.
Os investigadores sustentam que Beto Richa adquiriu conjuntos comerciais no Edifício Neo Business, na capital paranaense, com valor declarado de R$ 1,8 milhão na escritura pública. Segundo o corretor que intermediou o negócio, houve pagamento de R$ 1,4 milhão adicional ‘por fora’, que foi ocultado.
Beto Richa foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta (25) em Curitiba, por ordem do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23.ª Vara Criminal Federal, que atendeu pedido do Ministério Público Federal no âmbito da Operação Integração, fase 58 da Lava Jato. A PF prendeu também o contador do tucano, Dirceu Pupo Ferreira.
Bahia.ba // AO