A base do governo no Congresso quer propor um meio termo, tentando fugir de briga com o centrão, que poderá ser inflada com o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões.
A solução levada ao Palácio do Planalto e que contou com a simpatia de integrantes do governo envolve o envio de uma mensagem modificativa ao parlamento para alterar a Lei Orçamentária Anual e reduzir o valor destinado a campanhas eleitorais para um patamar próximo de R$ 4 bilhões
Desse modo, o presidente não desagradaria aliados, bem como criaria o argumento de que conseguiu diminuir o total em quase R$ 2 bilhões. O fato é que, se isso ocorrer, estará dobrando o valor em relação a 2020.
Segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo, líderes do centrão dizem, em conversas reservadas, que a solução pode ser um bom caminho. Eles lembram que, em 2019, a proposta inicial era para aumentar o fundo de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,8 bilhões.
Ao final, o valor ficou em R$ 2 bilhões: inicialmente pareceu uma derrota, mas eles conseguiram um acréscimo de R$ 300 milhões aos recursos dos partidos.