Se tem um lugar do país em que PT fez valer aquela tradicional expressão “barba, cabelo e bigode”, nestas eleições municipais, foi na cidade de Ipaporanga, no oeste do Ceará, interior do Nordeste.
No município, a legenda elegeu não apenas o prefeito e a vice, como também os nove vereadores da Câmara Municipal da cidade. No Poder Executivo, o atual prefeito Amaro Pereira (PT) foi eleito em 2020 com 58,44% dos votos válidos. Agora em 2024, ele foi reeleito agora com 7.754 votos, o que corresponde a 91,96% dos votos válidos do município.
Já os vereadores eleitos foram os seguintes: Rosinha Portela (PT), com 1.486 votos; Elivelson Rodrigues (PT), 992 votos; Valdery Cavalcante (PT), 973 votos; Elicia De Paula (PT), 810 votos; Michelle Barroso (PT), 631 votos; Tintim Bonfim (PT), 630 votos; Manoel Cândido (PT), 593 votos; Manoel Alves (PT), 543 votos; e João Paulo (PT), 507 votos.
Em entrevista ao G1, o professor do departamento de Direito Público da Universidade Federal do Ceará (UFC), Felipe Braga Albuquerque, explicou que o caso de Ipaporanga, no interior do Nordeste, em que um único partido elegeu todos os vereadores, é incomum, mas não ilegal.
Apesar de não haver uma ilegalidade, Felipe Braga pontua que o cenário pode afetar a competência da Câmara Municipal de fiscalizar as ações da prefeitura, isto é, do Poder Executivo municipal.