O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), anunciou na tarde desta quarta-feira (2/12), que a bancada do partido fechou questão a favor da admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo Sibá, houve uma pressão externa para que os petistas votassem contra o peemedebista. O governo está sendo comunicado agora da decisão da bancada. A decisão contraria os esforços do Palácio do Planalto para livrar Cunha do processo, que pode culminar com a cassação de seu mandato.
No final desta manhã, líderes partidários ligados ao peemedebista estiveram com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que havia garantido ao grupo o voto dos petistas em favor do arquivamento do processo no Conselho.
No fim da reunião da bancada do PT, Sibá disse que era contrário a antecipar a posição dos petistas, mas que havia um clamor da militância para que o partido votasse pela continuidade do processo. "Era o clamor dos petistas e isso influenciou muito a posição da bancada", disse. Sibá afirmou não temer chantagem. "Não tenho medo dessas coisas".
Os três representantes da sigla no Conselho – Zé Geraldo (PA), Valmir Prascidelli (SP) e Leo de Brito (AC) – deixaram a reunião da bancada aliviados com o apoio dos correligionários. "Vamos seguir a posição da bancada, e o governo agora tem que agir (para votar a pauta de interesse do Executivo)", afirmou Zé Geraldo.
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