Apesar do aumento de 30% do fundo eleitoral repassado para candidaturas femininas, o número de candidatas ainda é baixo comparado à quantidade de parlamentares na Bahia. No entanto, nesta eleição, foram eleitas três candidatas a mais para a Assembleia Legislativa (AL-BA) em relação ao último pleito. Diferente de 2014, das 63 vagas para deputados estaduais, dez serão ocupadas por mulheres. Entre as escolhidas estão Olívia Santana (PCdoB) – primeira negra a chegar à Casa (leia mais aqui) – e Jusmari (PSD), as novatas Katia Oliveira (MDB) e Talita Oliveira (PSL), além das reeleições de Ivana Bastos (PSD), Fátima Nunes (PT), Neusa Cadore (PT), Maria Del Carmen (PT), Fabíola Mansur (PSB) e Mirela Macedo (PSD) (veja aqui a lista de deputados estaduais eleitos).
Das sete deputadas eleitas em 2014, não estarão na AL-BA nos próximos quatro anos: Ivana Bastos (PSD), Ângela Sousa (PSD) e Luiza Mais (PT) – a última foi a única que não buscou a reeleição.
Porém, este não foi o máximo alcançado. Em 2010, 11 mulheres foram eleitas para a AL-BA. Em 2006, 10 já haviam conquistado o posto.
Quanto ao número de deputadas federais, o número se manteve o mesmo. Apenas três dos 39 eleitos (veja aqui a lista de deputados federais eleitos) foram escolhidas para desempenhar o cargo: Lídice da Mata (PSB), atual senadora pela Bahia, mas que não conseguiu espaço para buscar a reeleição ao lado do governador reeleito Rui Costa (PT); Alice Portugal (PCdoB), que atingiu mais de 70 mil votos; e a novata Prof. Dayane Pimentel (PSL), presidente do PSL na Bahia e principal defensora do candidato à presidência Jair Bolsonaro no estado.
Em 2014, também foram eleitas as candidatas Tia Eron (PRB), que não conseguiu votos suficientes, e Moema Gramacho (PT), que é a atual prefeita de Lauro de Freitas.
ÚNICA GOVERNADORA
A baixa representatividade feminina não se restringe somente à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas. Na disputa ao governo, apenas uma mulher no Brasil foi para o segundo turno. Liderando com mais de 45% dos votos, Fátima Bezerra (PT) disputa o governo do Rio Grande do Norte com Carlos Eduardo (PDT). Caso eleita, ela vai igualar o número de estados governados por uma mulher na última eleição: em 2014, apenas Suely Campos conseguiu ser chefe do Executivo estadual no país, representando Roraima. Ela disputou o pleito após seu marido ser barrado por ser "ficha suja".
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