O vereador de Salvador, Augusto Vasconcelos (PCdoB), acusou a Prefeitura de Salvador de negligenciar a formulação do Plano e do Fundo Municipal de Segurança, perdendo a oportunidade de disputar o repasse de verbas federais para a área.
Segundo Vasconcelos, o prefeito Bruno Reis (União) não se mobilizou também pela criação do Conselho Municipal de Segurança e Defesa Municipal, ignorando condições obrigatórias para o município de concorrer até R$ 2 bilhões destinados pelo Ministério da Justiça, sob tutela de Flávio Dino.
A falta de organização para ampliar o orçamento, para o vereador, impede que Salvador consiga deixar o mapa da violência, sendo uma das capitais mais perigosas do país.
"Se tirar Salvador da mancha criminal na Bahia seria o oitavo estado com menor índice de violência. Vamos cobrar também do estado, da SSP-BA, mas a Prefeitura tem que fazer a sua parte", afirmou o edil em entrevista ao Portal Salvador FM.
Uma das razoes para os dados da capital baiana, na sua visão, é a 'defasagem' do contingente da Guarda Civil que atua nas ruas da cidade. Ele atribui a ACM Neto a responsabilidade por não aumentar o efetivo, situação que permanece a mesma na gestão de Bruno Reis.
"A lei permite 1500 guardas, o prefeito ACM Neto na época disse que ampliaria para 3 mil guardas municipais, mas não cumpriu a promessa e ainda reduziu, tendo hoje somente cerca de 1200 agentes", explica.
"Na prática, temos apenas 200 pessoas nas ruas. Tirando administrativo e outra parte de licença, se dividir pelos quatro turnos de seis horas, temos de 200 a 250 agentes atuando ao mesmo tempo em uma cidade tão grande", complementa.