Política

Auditoria das urnas eletrônicas tem baixa procura pelas siglas

Barroso salientou a informação após Bolsonaro questionar a veracidade das eleições; o processo é aberto a todos os partidos

Reprodução
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, em audiência na Câmara, afirmou que apesar dos apoiadores do atual presidente e do próprio Jair Bolsonaro (sem partido), colocarem em questionamento a veracidade dos resultados das urnas eletrônicas, nos 25 anos em que o sistema foi adotado, foi de pouco interesse dos partidos e entidades públicas em acompanhar o processo. De acordo com dados do TSE, apenas o Partido dos Trabalhadores (PT) participou ativamente até o ano de 2002, da etapa em que o código fonte que será usado nas urnas.

O atual presidente, sem provas, vem questionando a exatidão das eleições e pede para que seja implementado, a partir do ano que vem, o voto impresso. Implementada em 1996, a urna eletrônica é auditada por um longo processo que começa antes mesmo da votação e é feito publicamente, com a presença dos partidos e entidades como Polícia Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público (MP), entre outros. 

Uma das etapas mais importantes do processo é a abertura do código fonte do sistema eleitoral, que é feita 180 dias antes da eleição. Nos últimos três pleitos, em 2020, 2018 e 2016,  nenhum partido participou dessa fase.