Política

Audiência pública da Câmara de Salvador debate desafios de ordenamento público do Centro Histórico

Foi exposto um projeto para qualificar comerciantes informais

Divulgação
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O ordenamento dos ambulantes informais e a revitalização do Centro Histórico de Salvador foi tema de debate de uma audiência pública realizada nesta terça-feira (29) na Câmara Municipal. A reunião foi realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Internacionais (CDETRI).

Estimulados pela Associação do Centro Histórico Empreendedor (ACHE), os vereadores da CDETRI convocaram membros da sociedade civil para debater e discutir questões como moradia, segurança pública, comércio, ordenamento público e turismo do Centro Histórico da cidade.

“Em reunião com a ACHE, vimos a necessidade de abrir a discussão sobre os ambulantes informais e todas as questões do ordenamento público desta região tão importante da nossa cidade. A audiência pública é importante não só para que a gente ouça e fale sobre todas as questões, mas também para garantir que ações públicas sejam realizadas futuramente para trazer soluções efetivas”, afirmou o presidente da Comissão, Ricardo Almeida (PSC).

Ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador e vereador membro da Comissão, o vereador Claudio Tinoco (DEM) destacou a importância comercial da região, a necessidade de ordenamento, lembrou as diversas obras e ações realizadas durante a gestão do prefeito ACM Neto no local e destacou a dificuldade da gestão do Centro Histórico.

“São quatro poderes públicos que atuam no local: município, estado, União e também internacional, com a Unesco. Para que cada braço que exerce no local tenha espaço, eu sugeri a criação de uma Prefeitura Bairro específica para o Centro Histórico na gestão do prefeito Bruno Reis através de um projeto de indicação e acredito que isso auxiliaria em todas as questões aqui debatidas”, destacou Tinoco.

As secretárias de ordem pública e desenvolvimento econômico, Marise Chastinet e Mila Paes, respectivamente, expuseram a elaboração de um projeto piloto pela Prefeitura de Salvador para qualificar comerciantes informais. A Secretaria de Ordem Pública está recadastrando 362 ambulantes listados pelo Executivo Municipal e 30 fiscais da pasta já atuam diariamente no local.

“O projeto busca capacItar os ambulantes de segmentos diferenciados. Ao todo são seis módulos de capacitação: abordagem; educação financeira; imagem e higiene pessoal; hospitalidade, recepção e qualidade de atendimento; manipulação e atendimento de produtos; além de conhecimento das localidades turísticas do Centro Histórico. Além disso, estamos prevendo a realização de um termo de conduta pela Prefeitura de Salvador para que esses ambulantes possam assinar e, dessa forma, possamos ter um maior ordenamento do local”, explicou Marise.

O vereador Daniel Alves (PSDB), que é ex-presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, destacou que o Centro Histórico é o coração da cidade e cobrou que soluções efetivas sejam apresentadas às demandas da população. 

O vereador Sílvio Humberto (PSB) ressaltou que o discurso não deve ser de eugenia, mas sim de tratar as mazelas da cidade, colocar o soteropolitano como foco para então trazer turistas. Já Alberto Braga lembrou que a principal indústria da cidade de Salvador é o turismo e que “para Salvador estar bem, o Pelourinho também precisa estar bem”.

Representante da ACHE, José Iglesias Garcia destacou que a falta de ordenamento do mercado informal atinge diretamente não somente os empresários da cidade, mas também o turismo e a imagem de Salvador.