Política

Ato do Dia do Trabalho: Lula fala em 'sair em 2026', critica juros e promete regulamentar trabalho em apps

discurso foi feito a trabalhadores no Vale do Anhangabaú,

Reprodução
Reprodução

Em discurso a trabalhadores no Vale do Anhangabaú, na desta segunda-feira (1), em celebração ao 1º de Maio, o presidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu 'em sair em 2026'. O presidente ainda defendeu a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, mandou recado aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a valorização do salário mínimo.

Veja frases:

"Quando eu sair, em 2026, vocês terão uma universidade na zona leste de SP", admitiu a não intenção de concorrer à reeleição.

Em meio aos debates da instalação da CPI dos atos golpistas e do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal, o petista ameaçou os bolsonaristas: "Eles tentaram dar um golpe no dia 8. Todas as pessoas que tentar dar golpe serão presas".

Questões econômicas

Entre todos os embates relacionados a equipe econômica do governo, que busca redução da taxa de juros, versus o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que defende a alta taxa de juros para segurar a inflação, Lula mandou seu recado. "A gente não pode viver num país onde o emprego não é levado a sério pelos governantes, onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla o desemprego neste país porque ela é responsável por uma parte do que vivemos hoje", opinou

Na parte do discurso mais voltado ao trabalhador Lula defendeu a igualdade salarial e  importância do trabalhador receber melhores salários para que a roda da economia e da cadeia produtiva possa girar. 

"Pela primeira vez a gente vai garantir de verdade, sem vírgula nem ponto, que a mulher tem de ganhar o mesmo salário que o homem se ela tiver trabalho igual. Não é possível depois de tantos milênios de existência da humanidade, a gente trate a mulher como fosse um ser inferior", acrescentou o petista.

"Até ontem o trabalhador que ganhava acima de R$ 1.903 pagava Imposto de Renda sobre R$ 1.900. Agora a gente aumentou para R$ 2.640: ninguém vai pagar nenhum centavo de imposto de renda", destacou o petista que promete até 2026 ampliar essa faixa de isenção até R$5 mil.

Além de falar para quem tem carteira assinada, o que atualmente é um privilégio no país, Lula disse que também terá direitos trabalhistas aqueles que possuem vínculos com app. "Muitas vezes o cara não quer assinar a carteira, não tem problema. Mas o que nós queremos é que a pessoa que trabalha com aplicativo tenha compromisso de seguridade social, porque se ele ficar doente tem que ter cobertura."

O número de empregados sem carteira assinada no Brasil é de 13,2 milhões de pessoas. Sendo então, o maior de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que começou em 2012.