O vereador e presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo da Bahia, Átila do Congo (Patriota) pede cautela sobre a regulamentação de motociclistas por aplicativo após várias manifestações da categoria nos últimos dias solicitando à Prefeitura medidas sobre a atividade na capital baiana. Para ele, tumultos na cidade “só geram política e não resultados”.
O edil coloca o gabinete à disposição para ouvir os trabalhadores que querem agregar no ramo. “Sei muito bem que a informalidade só piorou depois da pandemia e que hoje temos um novo cenário que precisa ser estudado para que a cidade possa se adequar a essa realidade. É uma demanda não só dos profissionais, mas também dos clientes que querem utilizar a opção de moto nos aplicativos”.
Átila lembra que na época em que o PL foi sancionado sobre a atividade dos motoristas por aplicativo de Salvador, em 2019, não tinha a disposição do uso de outros automóveis por parte das empresas que terceirizam a atividade e pede cautela. “Foram quase dois anos para o texto ser aprovado na capital baiana, tivemos inúmeras sessões e reuniões para ajustar um meio termo e que houvesse ganhos reais para a categoria. Hoje, estou vereador e luto para que mais alterações possam ser incluídas nessa lei, inclusive, agora, com a necessidade contemplar os motociclistas”.
O parlamentar critica ainda os pares que estão agindo “pela emoção” sobre o assunto, à exemplo do vereador, Alexandre Aleluia (PL), que apresentou uma emenda para regulamentar a atividade para os motociciclistas. “Sei que o colega defende a ‘liberdade econômica’, inclusive, há uma lei sobre isso que favorece exclusivamente às empresas por aplicativos e não os trabalhadores. Só posso dizer que essa emenda não vai resolver nada, sequer será aprovada no plenário da Câmara e não estou dizendo que Alexandre mentiu ou desmerecendo a atividade, mas ele sabe que não é dessa forma que se encaminha uma situação dessa magnitude”, dispara.
“Nenhum vereador atua sozinho, é preciso comunicação com o prefeito e entender que vai existir um processo de adequação em diversos segmentos. Eu prefiro trabalhar com a verdade, inclusive, posso afirmar como alguém que acompanhou desde o início a regulamentação dos aplicativos na cidade e sei que o que temos hoje é menos pior do que era proposto por intervenção da categoria e de um processo muito bem apurado para regularizar a atividade. É a minha prioridade esse ano com os motociclistas”, conclui.