Política

Argentinos protestam contra visita de Bolsonaro ao país

Texto publicado no evento do ato no Facebook, diz que presidente brasileiro causa "vergonha" pelo "autoritarismo" e por declarações "racistas" e "homofóbicas"

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Foto: Marcos Corrêa/PR

Assim como aconteceu no Chile, na França e nos Estados Unidos, parte dos cidadãos argentinos se unem para uma manifestação contra a visita do presidente Jair Bolsonaro à Argentina. O ato intitulado “Argentina Rechaza Bolsonaro” (“Argentina rejeita Bolsonaro”, tradução livre), marcado para a próxima quinta-feira (6), na Praça de Maio, já conta com mais de 5 mil interessados no evento criado no Facebook, e cerca de 1,4 mil pessoas confirmadas.

De acordo com texto publicado na página do evento, convocado por lideranças e diferentes movimentos sociais, a presença de Bolsonaro no país causa “vergonha e indignação”, não só pelo ódio no discurso pregado contra mulheres, negros e gays, mas pela postura autoritária do capitão. “Seu ódio não é bem vindo aqui”, diz frase no flyer de divulgação.

“É a primeira vez que Bolsonaro visita o país, juntamente com o presidente argentino Mauricio Macri, um dos poucos presidentes no mundo que tiraria uma foto com ele”, diz o texto. “Vemos que, na prática, o seu governo está levando o nosso país irmão para o pior dos futuros possíveis”, alerta. A página então  a população para uma “jornada de resistência” na Praça de Maio, para lutar “contra as políticas neoliberais” dos líderes argentino e brasileiro.

O texto alerta ainda para o perigo das decisões tomadas por Bolsonaro, que implicam na “precarização do trabalho”, da “educação”, do “extermínio dos povos indígenas e da população negras”, além de “negar crimes contra a humanidade”, como é o caso da ditadura militar no Brasil.

Bahia.ba // AO