O ex-deputado federal Marcelo Nilo pode abandonar a "aposentadoria" da vida pública e se submeter mais uma vez, à vontade das urnas, após ser derrotado pelo deputado estadual Paulo Rangel (PT) nas eleições ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) – o petista recebeu 36 votos contra 22 de Nilo. O pleito aconteceu na terça-feira (6).
Durante a sabatina aos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), na manhã de ontem, o também ex-presidente da Casa indicou que poderia deixar a vida política caso não obtivesse êxito no pleito à Corte de Contas. Alegou, entre outras coisas, pressão de familiares. Com o revés entre os deputados estaduais, ele poderia, de fato, sair dos holofotes.
No entanto, de acordo com uma informação publicada inicialmente pelo Bnews e confirmada pelo próprio Nilo ao Portal Salvador FM, na manhã desta quarta-feira (6), ele -, que é filiado ao Republicanos -, poderia concorrer às eleições à Câmara dos Deputados, em 2026.
O ex-parlamentar contaria com um forte apoio do prefeito Bruno Reis (União). Os dois tiveram uma conversa ontem, por telefone, na qual o titular do Palácio Thomé de Souza garantiu apoiar Marcelo Nilo em uma tentativa de voltar ao Congresso Nacional, local que o republicano frequentou entre 2019 e 2023.
À época no PSB – partido que faz parte da base da gestão petista na Bahia -, ele recebeu 115.277 votos no pleito de 2018. Em 2022, deu uma guinada e passou a apoiar a candidatura de ACM Neto (União). Mas, sem espaço na vice do ex-prefeito de Salvador na disputa pelo Palácio de Ondina, assim como por uma vaga ao Senado, restou a ele tentar retornar à Câmara dos Deputados.
No entanto, há quase dois anos, recebeu "apenas" 65.363 votos, ficando como primeiro suplente do partido Republicanos – a sigla elegeu como representantes Márcio Marinho, Alex Santana e Rogéria Santos.
Agora, resta saber se Nilo vai levar em conta o que proferiu durante à sabatina ao TCM-BA, encerrando de vez a sua carreira política – atendendo também a um apelo dos familiares – ou vai tentar demonstrar, nas urnas, que ainda "tem lenha para queimar", ao lado dos aliados de agora.