Em setembro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cessou os ataques diários ao Supremo Tribunal Federal (STF), de forma especial ao ministro Alexandre de Moraes, e pregou moderação entre as partes. No entanto, neste mês, o chefe do Executivo voltou a criticar decisões recentes de Moraes, as quais chamou de “abusos”.
Aliados e rivais de Bolsonaro avaliam que o fim da trégua com o Judiciário foi embalado por uma mistura de irritação relacionada à abertura de novas investigações contra o presidente, à tentativa de reanimar sua base mais fiel para enfrentar a ameaça da candidatura do seu ex-ministro Sergio Moro e à aprovação de André Mendonça ao Supremo.
Vale lembrar que em setembro, com ajuda do ex-presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro divulgou uma carta à nação em tom conciliatório, na qual afirmou que não teve “intenção de agredir quaisquer dos Poderes”, após manifestações bolsonaristas no dia 7 de setembro que foram marcada por ataques à Instituição Federal.
No entanto, na última semana Bolsonaro voltou a fazer críticas ao Supremo e em especial, ao ministro Alexandre de Moraes. “A gente não vai sucumbir. Porque tudo tem um limite. Eu lamento a prisão do jornalista [Oswaldo Eustáquio], o Trovão está preso ainda, Roberto Jefferson está preso ainda. Isso é uma violência sem tamanho praticada por um ministro do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
