Após conseguir autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o PDT sem perder o mandato, a deputada federal Tábata Amaral (sem partido) deve se reunir na semana que vem com a cúpula do PSB para acordar filiação à sigla.
Em 2019, Amaral e outros sete deputados pedetistas tiveram suas atividades no partido suspensas por terem votado a favor da reforma da Previdência, na contramão da orientação do partido. Para não ser enquadrada na Lei dos Partidos Políticos, que prevê a perda do mandato do deputado que se desfiliar sem justa causa, Tabata alegou ao TSE que estava sofrendo discriminação política.
O partido do pré-candidato à presidência, Ciro Gomes, suspendeu as atividades da parlamentar por 90 dias, retirou dela a vice-liderança na Câmara e a proibiu de ocupar assentos em comissões ou votar nas assembleias.
As conversas com o PSB começaram por meio do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é namorado de Tabata, e avançaram em São Paulo com o ex-governador Márcio França.
O PSB vem filiando nomes importantes no cenário político brasileiro, como é o caso do governador do Maranhão, Flávio Dino e do deputado carioca, Marcelo Freixo, ambos fortes nomes da esquerda que deixaram o PCdoB e o Psol, respectivamente.
No entanto, Tabata afirmou por meio de sua assessoria que vai esperar a publicação do acordão do TSE para se manifestar, que não tem pressa em anunciar seu novo partido e que também conversa com outras siglas além do PSB. A parlamentar foi sondada pelo PSD de Gilberto Kassab e até mesmo pelo PSDB, mas as negociações não avançaram.