Mesa Diretora

Angelo Coronel Filho tem nome cogitado para Presidência da Alba caso Adolfo desista de reeleição

Angelo Coronel Filho integra o PSD, mesmo partido de Adolfo Menezes

O presidente Adolfo Menezes ao lado do deputado Angelo Coronel Filho. Foto: Sandra Travassos/ALBA
O presidente Adolfo Menezes ao lado do deputado Angelo Coronel Filho. Foto: Sandra Travassos/ALBA

A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), prevista para acontecer no próximo dia 3 de fevereiro, aparentava estar definida com a reeleição do presidente Adolfo Menezes (PSD). No entanto, uma movimentação nos bastidores indica uma possível reviravolta no enredo da história.

Embora a Alba já tenha aprovado e promulgado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite a reeleição para a presidência do Legislativo, o Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou entendimento, em dezembro de 2022, entendendo que só cabe reeleição uma vez para o mesmo cargo na Mesa Diretora. Assim, eventual reeleição de Adolfo Menezes representará seu terceiro mandato à frente do Parlamento baiano.

Ciente de que a sua recondução pode ser invalidada pelo STF, o presidente estaria avaliando o cenário para possível desistência do pleito. Conforme apurado pela reportagem do PSNotícias, um nome que estaria sendo cogitado para concorrer ao posto de chefia do Legislativo é o do deputado Angelo Coronel Filho (PSD), filho do senador e ex-presidente da Alba, Angelo Coronel (PSD).

De acordo com uma fonte de dentro do PSD baiano, o nome do parlamentar tem sido ventilado por algumas pessoas para a possibilidade de desistência de Adolfo ou de ser impedido de assumir. No entanto, a movimentação não ganhou corpo porque a família Coronel tem grande amizade e respeito pelo atual presidente. Uma mobilização dessa natureza só ocorreria se o próprio Menezes desse o primeiro passo oficialmente sobre eventual retirada de candidatura.

Outra fonte consultada lembrou que a deputada Ivana Bastos é mais uma opção possível dentro do PSD. Ela chegou a anunciar sua pré-candidatura para a presidência do Legislativo, mas como Menezes angariou amplo apoio entre os pares, a legisladora retirou o nome e decidiu apoiar o colega de bancada.

“Uma coisa certa: o PSD não quer perder a presidência da Casa”, assegurou a fonte.

“Nada está garantido”

Ao fazer um balanço das atividades do Legislativo em 2024, Adolfo Menezes pregou cautela ao falar da sua recondução e disse que nada estava garantido, embora naquele momento já tivesse o apoio declarado da maioria da Casa.

“Aprendi com o meu saudoso pai, Pedro Gonzaga, com a experiência política e de vida dele, a não contar com os ‘ovos ainda na galinha’. A decisão dos deputados e deputadas sobre quem irá comandar o Poder Legislativo da Bahia a partir de fevereiro de 2025 até fevereiro de 2027 é soberana. Sou muito tranquilo, não me avexo, porque não tenho apego ao poder. Deus, e com os votos dos baianos e baianas, já me deu mais do que esperava: presidir a Assembleia e ser governador da Bahia – ainda que de forma interina”, disse Adolfo na oportunidade.

Ecos do futuro

A hipótese de Angelo Coronel Filho assumir o comando da Assembleia Legislativa da Bahia também tem sido analisada visando o tabuleiro de 2026. A concretização desse desenho poderia configurar uma forma de compensar eventual retirada do senador Angelo Coronel da chapa majoritária.

Atualmente, o senador tem defendido sua permanência na chapa, mas o cenário indica que as duas vagas para o Senado sejam disputadas por Jaques Wagner e Rui Costa, ambos do PT. Coronel Filho assumindo o Poder Legislativo do estado da Bahia funcionaria como uma redução de danos em função da cogitada saída de Coronel pai da majoritária.

>>> Siga o canal do PSNotícias no WhatsApp e receba as principais notícias da Bahia, do Brasil e do Mundo.