O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou nesta quarta-feira (25) pelo Twitter, que o seu bom desempenho em pesquisas de intenção de voto para a reeleição ao Senado "confirma que o trabalho é a melhor e mais certa resposta às leviandades e ataques injustos". Esta foi a primeira declaração do senador após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF), que executou mandados de busca a apreensão na casa e gabinete do parlamentar e apreendeu R$ 200 mil em espécie.
Além do mandado de busca e apreensão, foi revelado nesta Quarta-feira que o empresário Joesley Batista, acionista do grupo J&F, prestou novo depoimento à PF no qual confirma ter repassado R$ 500 mil em espécie ao senador. A defesa de Nogueira nega a acusação. Na manhã desta quinta-feira (26), o senador usou a sua conta no Instagram para publicar vídeos com manifestações de solidariedade de quatro prefeitos aliados no Piauí. Em uma das gravações, o prefeito Gilson Filho, de Caracol, diz que o trabalho de Ciro tem "causado muita inveja aos politiqueiros" e que ele não está sozinho contra "as mentiras dos invejosos". Em outro vídeo, o prefeito de Floriano, Joel Rodrigues, diz que "naturalmente um homem de destaque" como Ciro Nogueira será alvo de "coisas dessa natureza" e que o objetivo seria "atrapalhar a sua missão".
No Senado, entretanto, a reação foi diferente e parlamentares aliados de Nogueira têm evitado fazer manifestações de apoio. Na segunda-feira (23), a senadora Ana Amélia (PP-RS) foi a única a comentar a operação. "A primeira notícia sempre preocupa, da forma como ela é dita. E eu, como senadora do Partido, digo que a minha regra moral é a mesma. O Estado democrático de direito existe para isso, ampla defesa, mas quem comete erros tem que pagar por eles", disse. Ana Amélia destacou que Nogueira "não está acima da lei".
BN // ACJR