A enfermeira e ex-primeira-dama, Aline Peixoto, está sendo sabatinada na manhã desta segunda-feira (6) para o cargo de conselheira no Tribunal de Contas do Município (TCM). Em discurso, a candidata se emocionou ao relembrar os ataques sofridos desde que foi indicada ao cargo.
“Críticas são normais à democracia e aceito. O problema maior é que muitas dessas críticas foram de cunho pessoal, verdadeiras agressões a uma mulher, tentando me desqualificar apenas por ser casada com o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. Toda a minha trajetória de vida, toda a minha experiência como gestora pública, todo o trabalho que desenvolvo há décadas foi desconstruído. Tentaram apagar a minha história”, lamentou Aline.
Segundo ela, quiseram transformar a sua candidatura em uma disputa política, quando o seu único propósito é ser “uma conselheira que vai contribuir para fortalecimento da Corte”, vislumbrando por um TCM rigoroso, mas educativo. Para além do âmbito político, Aline reafirma que se sentiu vítima em diversas situações, ao ser atacada exclusivamente por ser mulher.
“Venho sendo vítima do velho e ultrapassado hábito que em pleno século XXI muitos ainda preservam, de tentar definir o lugar que a mulher deve ocupar na sociedade. Foi como se apontassem o dedo pra mim e falassem: ‘Uma mulher não pode ocupar ocargo de conselheira do Tribunal de Contas’”, desabafou a candidata.